Outra vez não pode ser

Cá estou eu novamente a falar com a caneta e o papel para ver se me acalmo mais um pouco, que isto hoje não foi fácil.

Ultimamente não tenho escrito nada, nem nas folhas, nem no blog, talvez porque não tenha feito falta falar, talvez porque tenho com quem falar.

Agora vou escrever para mostrar a mim mesma as boas coisas que tenho e algumas menos boas.

Quando eu digo que não preciso de falar, não preciso mesmo, porque ultimamente tenho andado bem, e quando há uns dias menos bons já tenho com quem falar, pois é o meu marido está comigo para tudo, finalmente sou única e especial para ele e ele está cá sempre para mim. Ele ouve-me, apoia-me, atura as minhas neuras, aconselha-me, ajuda-me, ele está aqui quando preciso, entendem?

Amo-o tanto, cada vez mais, se calhar mais não, porque é impossível amá-lo ainda mais porque já o amo no máximo.

Deste amor todo nasceu a nossa menina, aluz dos nossos olhos, aquela que me faz todos os dias achar que sou a pior mãe do mundo e ao mesmo tempo acreditar que tudo vale a pena.

Ela consegue-me tirar do sério com tanta teimosia (igualzinha à mãe) mas ao mesmo tempo consegue-me fazer a mulher mais feliz do mundo. Vivo para a fazer feliz e por ela faço tudo, tudo, tudo.

Neste momento já não sei se choro de raiva ou de alegria, enfim… É verdade que não têm sido dias fáceis mas o que é certo é que eu tenho a melhor família do mundo e nós os 3 juntos conseguimos tudo.

Se calhar não conseguimos. Já não sei nada. Só sei que os amo a cima de tudo.

Iniciámos um pouco mal o nosso novo ano, por causa da nossa casa. As obras ainda cá estão e o inverno não perdoa. Tem chovido muito e há água por todos os lados. A parte das obras está aberta e por isso entra muito frio. Pois é a humidade está por todo o lado, nas roupas, nos brinquedos da menina, na nossa saúde, em todo o lado. O frio também faz das suas, temos que estar sempre em cima dos aquecedores. Isto faz nos mal à saúde. Não está a ser fácil superar isto.

Mesmo em casa não sei fazer grande coisa e sou muito preguiçosa, ou sei lá, não faço nada porque eu acho que não está assim tão mau mas está mesmo.

Acho que tenho deixado a minha casa e a minha família para trás por causa do trabalho. Pois é, tenho me dedicado ao meu trabalho com toda alma porque finalmente estou a fazer aquilo que gosto, dar aulas de música a crianças, poder trabalhar com esta faixa etária é lindo, e eu que trabalho com idades desde os 4 meses até aos 10 anos é muito bom, mas também muito exigente pois é uma grande diversidade de idades.

Enquanto escrevo percebo que o que me tenta derrubar é tão pouco comparado com o que me faz mais forte.

A minha pequena e linda família está no topo das minhas prioridades e o meu trabalho está logo a seguir.

Se consigo conciliar tudo? provavelmente não, porque até agora não consegui, mas estou a tentar, só não posso parar agora.

Problemas familiares e profissionais sempre terei só não sei ainda bem como lidar com eles, especialmente aqueles que aparecem sabe-se lá de onde.

Vá lá, com calma e amor, vamos conseguir. Ir para baixo já não é uma hipótese, nem uma opção se quer. Bora, bora, bora.

Os meus alunos gostam de mim pelos abraços que me dão. Em Borba pedem-me mais coisas para fazer e os chefes oferecem-me prendas. Em Bencatel e Vila Viçosa já dizem o que gostam e mostram com abraços. No “+Sucesso” pedem aos pais para não os ir buscar mais cedo para poderem ficar até ao fim.

A minha filha está contente e feliz e é esse o meu papel, às vezes dá me carinhos grandes e diz que gosta de mim. O meu marido ama-me tanto como eu a ele e estamos a dar-nos tão bem, ele compreende-me muito bem. O resto, é só o resto.

Se isto não é amor, digam-me lá o que é.


08/01/2023

Pela minha família… Onde o amor cura

Hoje estou a escrever na sala, sozinha porque cada um dos meus amores está nos seus “trabalhos”. Estive mesmo lá em baixo e durante muito te...