Dias atribulados

Mesmo, estes últimos dias têm sido completamente atribulados, altos e baixos, coisas boas e coisas más e claro sempre com choro.
Choro porque estou feliz, choro porque estou triste, porque estou stressada, porque estou enervada, choro, choro, por tudo e por nada.
Bem tudo começou nas últimas semanas do mês de junho, quando há vários desafios a nível profissional. Ora bem, final de junho notas das AECS para lançar (100 alunos), relatórios (7 turmas) para fazer e na última semana umas aulas diferentes para preparar, trabalhos dos miúdos para entrega, sim 100 pastinhas feitas com os trabalhos de todos. E já não bastava? Pois claro que não. Toda a festa de final de ano de berçário, creche e jardim de infância de Borba, mais 8 salas com cerca de 150 crianças, cada sala com a sua atuação, a sua música, que tive que ser eu a arranjar, ainda para mais fui quatro dias dar aulas em vez de um, como costume. Todas as músicas foram mexidas, cortadas, aumentadas (falamos em segundos, milésimos de segundos) tudo tinha que bater certo para nada falhar, nem tão pouco se notar. Cereja no topo do bolo fui eu a escolhida para ser o narrador da festa (da encenação dos miúdos). Mal ensaiei com eles e correu super mal no final.
Tudo junto, imaginam como ando, com os nervos à flor da pele.
Agora juntem ainda que na sexta-feira (último dia de AECS e ensaio, e o dia antes da festa de borba), deixei de ouvir a 100% do ouvido direito. Foi só das piores coisas que já me aconteceu na vida. Só conseguia ouvir como se estivesse dentro de água, até ouvia mais ou menos as pessoas mas a mim não me entendia. Foi mesmo mau e claro que eu entrei em pânico e só chorava, pode ter sido por mil e uma razão, até mesmo o excesso de stress, a sorte é que no final do dia de sexta-feira um espetacular enfermeiro conseguiu resolver-me o problema.
Passou tudo a tempo da festa, mas foi uma sensação horrível de impotência, sem poder fazer nada, e não ouvir é mesmo muito mau.
Bem, mas graças a deus passou, mas o meu nível de inquietação nem por isso. Deixei as coisas que podia para a semana seguinte para não sobrecarregar mais a outra. Nas aulas em Sousel ficámos à espera de uma audição de final de ano letivo e nada, depois tem sido tarde de mais para resolver. Ainda não resolvi mas não sei como o fazer.
O nosso grupo dos kalipolemusic estava a dar problemas porque aceitavam-se serviços e à própria da hora alguns elementos diziam que não podiam ir, foi também nessa semana a reunião de decidir se o grupo avançava ou não. Mil e um stress.
Há pois ainda nessa semana tive que enviar o convite de aniversário da Iris para a escola dela e foi também no final da semana (sábado) a festinha de final de ano dela. Opah esteve mesmo linda, fez ginástica e dançou tão bem, foi linda e já finalista de creche, ai o tempo passa tão rápido e nós nem damos conta.
Há mais boas notícias, esta semana fomos à reunião das AECS e disseram que o ano letivo correu muito bem e quem quisesse podia continuar, e claro que eu vou continuar. No final da reunião a vereadora da câmara pediu-me para ir hoje alar com ela para dar aulas de música nos jardins de infância do concelho, disse que sim e nem pensei bem, aceitei logo, já tinha tentado tanto ir para lá que foi mesmo bom, serão 3 turmas em Vila Viçosa, 1 em Pardais, 1 em São Romão e 1 ou 2 em Bencatel. Será bom mas muito difícil, ainda mais crianças.
E pronto, sempre que vem uma coisa, boa, vem uma má, as coisas cá em casa têm estado complicadas e sem paciência uns para os outros, obras que nunca chegam a ficar prontas, casa desarrumada e suja mesmo, falta de apoio e várias brigas de nada. Ele tem feito um esforço enorme para me aturar mas não é capaz de compreender algumas situações por onde passo, não consegue perceber que uma pequena e mínima falha é um grande buraco na minha autoestima e tenho me ido a baixo, Ele já lá me foi buscar várias vezes e levanta-me, mas às vezes goza-me e isso então é mesmo desesperante.
A menina esta prestes a fazer 3 anos e ando numa pilha de nervos por causa da festa.
E outra vez a desabafar com o papel (já são menos vezes)

CVG
11/07/2023

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