Foi à praticamente dez que nos vimos pela primeira vez, recordo-me desse momento como se tivesse acontecido ontem.
Era dia de ensaio da banda filarmónica, pior que isso, era dos meus primeiros ensaios lá. No meio da balburdia que nos rodeava nem reparamos bem um no outro. Para mim era tanta gente nova, amigos (ou talvez apenas colegas) daqui, outros que vinham dali, uns que tocavam isto, outros que tocavam aquilo... tanta personalidade e feitios diferentes juntos numa sala tão pequenina e simples, cheia de cadeiras e com uma grande mesa no centro. Apresentações para cá apresentações para lá, e finalmente chegaste tu... havia qualquer coisa em ti que não te deixava ser indiferente e igual a tantos outros que lá estavam, talvez fosse o teu olhar ou a tua maneira de ser, nem sei bem, mas sei que no meio de tantas pessoas a tua presença marcou a diferença. Esta diferença era apenas para mim, porque para ti eu era apenas mais uma rapariguinha no meio de tantas outras que decidiu ir tocar para ali, mas tu já tocavas ao pé de tantas que eu era apenas mais uma colega de banda.
A banda proporcionou nos a possibilidade de nos irmos conhecendo, talvez eu tivesse deixado de ser apenas uma colega e passasse a ser uma rapariga simpática ou quem sabe já uma amiga... Mas para mim tu continuavas a ser diferente dos outros, sempre um senhor (como eu tanto tempo te tratei) com um ar de engatatão que despertava em mim ainda mais curiosidade de te conhecer melhor.
O tempo foi passando e a tua presença nos serviços da banda era importante para mim, sem me dar bem conta, eu ficava feliz quando tu ias e triste quando não ias, questionando o facto de não te terem pedido para ires ao serviço... Mas para ti eu ainda era uma amiga da banda, ou talvez já fosse mais do que isso, não sei.
Troca de mensagens entre amigos, serviços para cá e para lá, tudo fez com que nos conhecesse mos melhor... e muito melhor. Começamos a estar mais tempos juntos, a sair e sim... a namorar.
Pois é, e já nos aturamos à quatro anos, nem parece ser tanto tempo, mas já estamos juntos à quatro anos quase a saltar para os cinco... Tantos momentos que vivemos juntos (uns bons e outros menos bons), tantos obstáculos que superamos de mãos dadas, tantos passos importantes que demos em conjunto e tantos sonhos que realizamos e que continuamos a realizar, sempre a projectar um futuro juntos, onde deixa de existir o tu e o eu e passa a existir o nós.
Os grandes amores sempre existem? Talvez exista aquele que sentimos um pelo outro, um amor à base da amizade, do carinho, da entre-ajuda, da protecção, da preocupação, da alegria, de tudo. Com ele crescemos, aprendemos muitas coisas e sobretudo somos felizes... portanto acho que esse grande amor sempre existe e tu és o meu.
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